Série LCA: Relações Comerciais do Brasil

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Série LCA: Relações Comerciais do Brasil

Ep. 2: Brasil e EUA.


Dando continuidade à nossa série de posts sobre as relações de comércio internacional do Brasil, apresentamos neste segundo episódio a nossa relação com os Estados Unidos.

Como mostramos no post anterior, o EUA é o terceiro maior destino das exportações brasileiras. E nossa balança comercial com eles oscila entre equilibrada e deficitária desde 2009, conforme apresentado no primeiro gráfico abaixo. Essa posição nos possibilitou certo alivio no tarifaço anunciado pelo governo americano na semana passada, com a imposição da tarifa mínima de 10%.

Nosso principal produto de exportação para o EUA é combustível (13% do valor exportado no período), seguido por máquinas e equipamentos (11%). Aço e alumínio* entram na terceira posição, com 9%; nesse grupo, como mostra o gráfico abaixo, o Brasil exporta mais do que importa dos EUA, (segundo gráfico), e a tarifa de importação ficou em 25% imposta em março e mantida no anúncio mais recente.

O tarifaço americano, se mantido por longo tempo, afetará estruturalmente o fluxo comercial global. Para o caso do Brasil, de um lado, nossas exportações ficarão mais caras, tendendo a provocar redução no fluxo (e agravando nosso déficit). Esse efeito é amenizado, entretanto, pelo fato de o Brasil ter sido menos sobretaxado do que outros grandes exportadores para o mercado americano. A depender do setor, é possível que o saldo seja até positivo.

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