Previsões são de inflação acima do teto em 2025, repetindo 2024.

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Previsões são de inflação acima do teto em 2025, repetindo 2024.

As previsões, neste começo de 2025, são de que o IPCA avançará pelo menos 4,7% neste ano, mais uma vez acima do teto do intervalo de tolerância.

A inflação, medida pela variação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), fechou 2024 como previsto nas projeções mais recentes, com alta de 4,83%, acima do teto do intervalo de tolerância do sistema de metas, de 4,5%.

Com o resultado, o Banco Central será obrigado a publicar uma carta aberta, dirigida ao ministro da Fazenda, explicando as razões do estouro do teto da meta e apontando as medidas que deverão ser adotadas para fazer a inflação confluir para o centro da meta, de 3%, em 2025.

Pelas projeções para a marcha da inflação neste novo ano, é possível que mais uma carta tenha de ser publicada já em meados de 2025. Pela nova sistemática de meta de inflação contínua, uma explicação tem de ser enviada pelo Banco Central ao ministro da Fazenda a cada seis meses em que o teto da meta for superado. Isso deve acontecer em julho, se as previsões de inflação acima do teto ao longo de todo o primeiro semestre se confirmarem. Caso as previsões para o restante do ano também se confirmem, outra carta aberta seria publicada em janeiro de 2026.

As previsões, neste começo de 2025, são de que o IPCA avançará pelo menos 4,7% neste ano, mais uma vez acima do teto do intervalo de tolerância. "Estamos mantendo esta projeção, mas o viés é de alta", informa Bruno Imaizumi, economista da LCA4intelligence.

Será a oitava vez, desde a adoção do sistema de metas, há 25 anos, em 1999, que a inflação supera o limite superior do intervalo de tolerância.
Três desses estouros, pouco menos da metade do total, ocorreram nos últimos cinco anos, em 2021, 2022 e 2024, durante o período do economista Roberto Campos Neto à frente do Banco Central e do Copom (Comitê de Política Monetária), colegiado que reúne os diretores da instituição e estabelece a política de juros. É de justiça destacar que, pelo menos em 2021 e 2022, os resultados foram afetados pelas amplas e imprevisíveis consequências da pandemia de covid-19.

FONTE: Economia UOL


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