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Economista da LCA observa que o problema de escassez de trabalhadores se refere à falta de mão de obra qualificada
Economista da LCA observa que o problema de escassez de trabalhadores se refere à falta de mão de obra qualificada
Economista da LCA observa que o problema de escassez de trabalhadores se refere à falta de mão de obra qualificada
Por que há escassez de mão de obra se o Brasil ainda tem 7,5 milhões de desempregados.
Especialistas acreditam que o elevado número de pessoas sem emprego é decorrente da falta de qualificação, o que acaba excluindo muitos trabalhadores do mercado.
Apesar do recuo da taxa de desemprego, há ainda no País um grande número de desempregados. São 7,542 milhões de pessoas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no trimestre encerrado em junho. O economista da LCA Consultores, Bruno Imaizumi, observa que o problema de escassez de trabalhadores enfrentado pelas empresas se refere à falta de mão de obra qualificada.
Tanto é que a o maior contingente de desempregados atualmente é formado pelos trabalhadores com menor grau de instrução. Profissionais com ensino superior completo e incompleto respondem hoje por menos de 20% do total das pessoas que não têm emprego, observa o economista.
No entanto, o mercado de trabalho aquecido abre espaço para incorporar pessoas com menos experiência. Isso é bom para o trabalhador que obtém ganhos salariais ou novas oportunidades, diz Imaizumi.
Os ganhos de renda para os trabalhadores são nítidos em duas pesquisas. Em 12 meses até junho, o rendimento real dos trabalhadores, isto é, descontada a inflação, cresceu 4,4%, segundo IBGE. Também no primeiro semestre deste ano, 87,2% dos reajustes salariais superaram a inflação, segundo o Boletim Salariômetro da Fipe. Foi o melhor primeiro semestre em dez anos para os reajustes salariais.
Crescimento e pleno emprego?
A escassez de mão de obra traz à tona entre os economistas duas questões sobre o mercado de trabalho. A primeira é se a falta de mão de obra decorre do crescimento da atividade. A segunda questão é se a economia brasileira está em pleno emprego.
Na opinião do economista da CNC, Fabio Bentes, embora a taxa de crescimento da economia tenha superado as expectativas na primeira metade deste ano, os recordes de escassez de mão de obra não estão atrelados somente ao aumento do Produto Interno Bruto (PIB).
O economista argumenta que outros fatores podem estar contribuindo para a redução da procura por emprego, como a saída de muitas pessoas do mercado, que foram viver de outras fontes de renda, como aluguéis e aposentadoria, por exemplo. A economia mudou depois da pandemia. Isso reduziu a participação da população na força de trabalho e deixou de pressionar a taxa de desemprego.
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