Economista da LCA comenta que a alimentação no domicílio poderá registrar alta de 7% em 2024

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Economista da LCA comenta que a alimentação no domicílio poderá registrar alta de 7% em 2024

Combine severa estiagem e acrescente queimadas por um imenso território, acrescente pressões com o dólar em alta e aumentos sancionados pela demanda aquecida por um mercado de trabalho animado, que resulta em renda mais alta. Esta é a receita que está levando a inflação a sair dos limites de tolerância do sistema de metas.

O bolo do IPCA-15 em outubro, que saiu do forno nesta quinta-feira (24), é o mais recente de uma fornada de preços pressionados que deve perdurar pelo menos até o fim de 2024. A alta de preços medida pela variação do índice que apresenta uma prévia da inflação cheia do mês é uma boa amostra do que virá pela frente.

Com alta mensal de 0,56% sobre o índice de setembro, o IPCA-15 deste mês levou sua variação acumulada em 12 meses para 4,5%, exatamente o teto do intervalo de tolerância do sistema de mês. Projeções para o mês cheio de outubro apontam que o acumulado em 12 meses vai estourar o teto, chegando a 4,7%, se a alta prevista de 0,53% no mês for confirmada.

Caso a marcha dos preços continue no ritmo estimado, mesmo com recuo mensal em novembro, o acumulado em 12 meses continuará acima do teto de 4,5%, fechando 2024 com inflação entre 4,6% e 4,7%.

Confirmadas as projeções, será a terceira carta aberta que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, terá de publicar explicando por que falhou no controle da inflação e como as falhas devem ser corrigidas.


FONTE: UOL Economia

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